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Pois é...

Pois é…

É triste, mas começo com algumas palavras sentidas e com algum orgulho em ser quem sou e representar quem represento.

Sou o que sou e não vou estar para aqui a falar de mim, mas sinto-me bem como sou e como estou; sinto grande orgulho em jogar, treinar e preocupar-me com o Rugby em Montemor-o-Novo e por conseguinte com o Rugby Nacional.

Quero felicitar publicamente neste nosso blog, que expõe as actividades e “vida” deste grande Clube, a participação da selecção nacional nesta edição da Taça do Mundo em França.

Penso que a selecção nunca esteve em tão boas mãos. O prof. Tomaz Morais é de facto um grande pensador, líder, conhecedor da modalidade e patriota! Os atletas também, têm o seu valor, pois entregaram-se de alma e corpo a esta causa (nunca antes conseguida) e colocaram o País a falar não só de Rugby, mas deles próprios. Aquilo que se verificou lá fora, foi idêntico ao que aconteceu “cá dentro”, pois os mercados abriram. Jogadores a serem transferidos tal como no chamado desporto rei em Portugal – futebol. Esta foi a novidade que o Rugby World Cup 2007 trouxe.

Penso que grandes mudanças vão ter de existir ainda! Os responsáveis pela modalidade não deverão continuar de braços cruzados. Se estamos com uma boa imagem, por favor não a deixem estragar, pois aquilo a que estamos a assistir é ridículo!

Não há árbitros suficientes e meus Senhores, não responsabilizem os clubes de terem mais essa tarefa. Se vierem assistir a um jogo de futebol de sub-10 ou 12 ou 14,etc, das equipas de futebol da minha terra não têm apenas um, mas três árbitros, para não falar nos escalões superiores. As soluções são sempre difíceis de aparecer, mas todos sabemos que o trabalho tem de ser pago e também sabemos que todos os clubes pagam uma inscrição para poderem participar nas competições “organizadas” pela F.P.R., e claro que não vou perguntar para onde vão essas verbas, pois não é a mim que me compete geri-las. Mas compete-me a mim exigir árbitros para os meus jogos, pois quem está lá em cima, não tem noção do risco que é um jogo de Rugby neste País e principalmente nestas divisões, porque o Rugby que algumas equipas jogam é bastante bom, comparado com outras que pensam estar ainda na era, antes de William Web Ellis. Com um trio de arbitragem (note-se que não estou a falar num BOM trio), parece-me então possível castigar com mão pesada os jogadores e dirigentes que se comportem sem EDUCAÇÃO e sem ESPIRITO DESPORTIVO.

É votado um novo modelo competitivo para a II Divisão, que traria bastantes benefícios, em termos de competitividade, que acaba por ser chumbada pela própria F.P.R., tendo esta sido votada pela maioria dos clubes presentes ou que se fizeram representar.

O que é que conseguiram com este modelo competitivo?

Só este fim-de-semana, vamos começar o “Campeonato” e conseguiram o desnível cada vez maior entre equipas (vejam os resultados que estão a aparecer na pág. da F.P.R.).

Questões de segurança, pois deveria ser obrigatório cada Clube ter um fisioterapeuta, um médico, uma ambulância e um sistema de segurança activado com forças especializadas (não quero tornar isto a barraca que existe no futebol) porque continuamos a ver “gente” do público a ameaçar os jogadores à linha ou no banco de suplentes. Isto devia ser exigido no mínimo ao clube da casa. Sei que estas situações não se passam só nos clubes da II Divisão, pois eu quando posso, vou observar os grandes jogos da Divisão de Honra (sei que o contrário também não se passa, ou seja, ninguém aí de “cima” vem ver o que se passa cá em “baixo”) e sei que esta ainda é a realidade dos jogos de Rugby em Portugal.

Não me quero alargar muito mais, pois sei que posso estar a ser incómodo para alguns (alguns = poucos, suponho que as pessoas a que me refiro, se não observam o Rugby para baixo da Divisão de Honra, muito menos vão ter em atenção o Nosso Blog), mas queria ainda dar uma dica a quem comanda estas coisas e pensar que um dia esta minha mensagem chegue onde se pretende: há bons jogadores que não estão nos Clubes principais, mas que têm o seu valor, qualidade e que vivem o Rugby como ninguém, por isso se verifica que muitos deles ao chegarem à Divisão de Honra, integram o grupo de trabalho dessa equipa. Agora, nem todos são ou optam por ser “desertores”, porque senão, existiam apenas os Clubes que interessavam à federação.

Sei que ninguém os vem observar, sei que quando vão às selecções de captação ficam com menos possibilidades de treinarem no seu lugar (por exemplo: se ficarem a sobrar lugares na equipa a nº 11, o tal jogador que costuma jogar a 10, ocupará essa posição). Sente-se que não têm o mesmo trato. Questões que por vezes passam ao lado de quem manda e olha apenas para o que quer.

Por isso sugeri, num dos treinos apoiados por um técnico da A. R. do Sul o ano passado, que se fizessem Selecções Regionais. Tenho a certeza que se conseguia dar, a alguns atletas a possibilidade justa de quem vive/respira (sei também que só alguns percebem este termo que utilizo) Rugby, poder integrar essas selecções e de possibilitar às equipas técnicas responsáveis, mais jogadores, facilitando a escolha e dando o ritmo aconselhado nesses torneios regionais (teríamos uma Selecção melhor ainda – eu acredito).

Sendo os últimos, os primeiros, aproveito para falar dos meus jogadores:

Quero desejar a todos um Excelente Campeonato, sem lesões e com Vitória jogo a jogo. Tenho a certeza que defenderemos todos, as nossas cores e este nosso Grande Clube, pois a amizade, valor, respeito e gosto pelo Rugby, vai dar-nos forças para conseguir o objectivo!!!

VOCÊS SÃO OS MELHORES – QUE A SORTE NOS ACOMPANHE!


João B. Veiga Malta

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